Cidadela do Medo

Boa noite galera, peço desculpas por não postar ontem, eu estava um pouco ruim. E como não obtive nenhum conteúdo hoje, resolvi postar uma narração, algo que eu fiz, quando estava distraído. Bom, amanhã, volta tudo ao normal, já estou melhor, e procurarei conteúdos para colocar aqui no blog. Tenham uma boa noite, e seria uma pena se você virasse e visse algo atrás de você!




As vezes me pego pensando, na calmaria das noites sob o lugar mais alto de uma cidade. A cidadela do medo.  Caminho pelos arredores, o silêncio é predominante não só o silêncio como o medo. Os passos calmos e firmes, faz com que ecoe barulhos feito por meus sapatos. Empunhava só a lanterna que iluminava o caminho e o único modo de luz que obtinha. "Pego-me aqui, em um apocalipse e tentando sobreviver... É cada vez mais estranho, tento sair, mas algo me impede, não só os zumbis mas os amigos que não posso deixar para trás, não em um momento como esse!" Disse enquanto caminhava, entrando na primeira quebra que havia. Meu cós, escorou-se sobre a parede e quase meu corpo todo. Meus olhos estavam paralisados, com medo, meu coração pulsava ainda mais forte com a adrenalina. Desliguei a lanterna, enquanto sutilmente escorregava sob a parede, até sentar-me ao chão. Cerca de três zumbis passavam, em seus passos rastejantes, na rua, a procura de algo para "comer", talvez?! Não importava, teria que fazer algo antes que morresse, por algo que fugi durante meses. Desviei meu olhar para o lado esquerdo, a viela não tinha saída, provavelmente encontraria as poucas portas fechadas para que eu pudesse ter uma alternativa de fuga. Levantei-me e corri em direção a primeira porta, os zumbis já se encontravam há dois metros da viela. Não consegui nada, tentando abrir aquela porta. Minha respiração ofegava de modo estranho, era tenso e tentava me manter calmo ao máximo. O suor já atacara meu corpo, minhas mãos... Tudo! Era difícil de escapar desse medo "frontal". "Merda! Não há um lugar para que eu possa sair." Sussurrei, olhando para alguns lados e procurando outros locais para que eu possa sair. Uma casa, quase ao final do beco, estava com sua porta aberta. Olhei mais uma vez para a entrada do beco, e antes que me virasse já corria em direção aquela porta aberta. 



Ao mesmo tempo que entrei, fechei a porta. A lanterna encontrava-se ligada, e já iluminava por onde eu passara. A casa encontrava-se totalmente abandonada, não havia ninguém mais naquela casa, não ao alcance dos meus olhos. Um pequeno sorriso abriu aos lados dos meus lábios, já me encontrava um pouco mais calmo. Vasculhei a casa em busca de alimentos e coisas essenciais que pudesse nos ajudar. Breve chego a parte de apresentações de amigos. O dia estava por vir, o crepúsculo já se encontrava batendo e arrastando avenidas e ruas. Melhorava um pouco, haviam poucos zumbis vagando. Minha preocupação então, era menos que antes, poderia me concentrar um pouco mais. Antes de tudo, tinha que voltar, dar um sinal de vida. Então coloquei-me sob a rota, voltando para o esconderijo dos poucos amigos que conseguiram sobreviver dos ataques. Preciso voltar rápido, tenho que aproveitar a luz do dia. Isso facilitará a minha saída desse inferno. Pronunciei apertando meus passos, voltando para o lugar mais alto da Cidadela do Medo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

TOPO